Dead kennedys - Fresh Fruits for Rotten Vegetables

Álbum:Fresh Fruits for Rotten Vegetables
Artista:Dead kennedys

O ínicio dos anos 80 profetizava que aquela seria uma época deprimente. Os aiatolás tomavam o controle no Irã, as coisas iam de mal á pior no Brasil da ditadura, Os Eua estavam entrando em parafuso, sem petróleo, sem economia e principalmente, sem música decente. Sim, por que a próxima década seria sequestrada por bandas com tecladinhos e sintetizadores demais, e habilidade de menos. Meu Deus, e aqueles cabelos...maldita New Wave e seus cristaizinhos.
Ìncrivel que no ínicio dessa infame década uma banda aparecesse dando uma voadora nessa porra toda. Os Dead kennedys foram, provavelmente, a última banda sincera da música popular. Digo isso, por que no momento não me vem nenhuma na cabeça, nenhuma tão cru, brutalmente honesta.
O que dizer de uma banda cuja primeira música dos cds já começa berrando: "MATE, MATE, MATE, MATE, MATE OS POBRES!"? Não seria aliás a única música do cd com o verbo "matar" no título, já que outra se chama, singelamente, "Eu mato crianças".
Não pensem que os Kennedys mortos eram alguma banda de grindcore babaca que fazia essas músicas só pra chocar alguem. não mesmo. O que Jello Biafra diz é o que Jello Biafra quer dizer. Não estamos falando de uma banda covarde como Sex Pistols, aqui nomes são citados. Em "California über alles", provavelmente a música com o baixo (é baixo, não é? Honestamente, não entendo nada de técnica de música) mais lindo do punk, o nome do governador da California Jerry Brown é citado com todas letras e sílabas que caracterizam sua pessoa.
Jerry Brown, aliás,não é a única celebridade política citada no álbum. O nome do tirano cambojano Pol Pot é soturnamente proferido, cada vez mais alto, até finalmente ser gritado na minha música preferida, Holiday in Cambodia. Essa música, aliás, tem uma instrumentação tão boa que prova que a idéia rídicula de que punk tem que ser mal tocado é falsa. Não tem. Tem é que ter toda a seriedade despreocupada de um palhaço de circo satânico como é um Jello Biafra.

A1	Kill the Poor		3:07
A2	Forward to Death		1:23
A3	When Ya Get Drafted		1:23
A4	Let's Lynch the Landlord		2:13
A5	Drug Me		1:56
A6	Your Emotions		1:20
A7	Chemical Warfare		2:58
B1	California Über Alles		3:03
B2	I Kill Children		2:04
B3	Stealing People's Mail		1:34
B4	Funland at the Beach		1:49
B5	Ill in the Head		2:46
B6	Holiday in Cambodia		4:37
B7	Viva Las Vegas		2:42

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O papa, só mais uma carinha bonita (?)

Díficil entender qual é a utilidade afinal da igreja nesse mundo laico e materialista que vivemos. Teoricamente, toda a religião deveria ter sido atropelada pelo impeto consumista que ignora o espiritualismo. Porém, como o ser humano é um animal de oportunidades, eis que a(s) igreja(s) conseguiram passar por esse desafio, muitas vezes aderindo elas mesmas ao liberalismo frenético. E dá-lhe velinha, santinho, algumas igrejas até vendem santos imensos super coloridos, uns transformers sacros, do tipo que fariam o Clóvis Bornay corar de vergonha. Sério, parecem um bando de megazords das eras bíblicas.
Mas o item mais excêntrico dessa coleção - não sei se vocês já viram vendendo - são aqueles rosários com a cara do papa. Excêntrcos por dois motivos: 1) o antigo papa eu até entendia, mas esse papa nazi que temos lembra o Palpatine e não exala exatamente carisma. Na verdade, parece exalar enxofre e medo. e 2) tem coisa mais anacrônica que o papa?
Ele é uma antiga memória daqueles bons tempos em que deus ia trocar um lero com os miguis aqui na Terra. Sabe, ele não anda muito presente esses dias, o máximo de sinal que dá é quando implanta a imagem da Virgem Maria em alguma torrada ou coisa assim. Naqueles tempos de Velho Testamento ele descia boladão dos céus dando bifa na orelha de malandro que achava que era onda ficar louvando ídolo de ouro. Manés.
Hoje em dia, querem que eu acredite que Deus fica brincando de telefone sem fio com o Papa. Não quero tentar compreender os desígnios do Senhor, mas certeza que Deus tem mais o que fazer do que soltar uma bula papal sobre os malefícios de, sei lá, o trabalho mal assalariado. Bem, eu pelo menos ficaria puto se no meio da minha luta eterna com as forças do mal para salvar a criação da perdição alguem chegasse pra mim e me perguntasse o que eu achava da crise econômica. Ia levar uma praga de gafanhotos na fuça só pra deixar de ser imbecil.
Antigamente, o papa tinha muito poder, sem falar que ainda podia usar uns chapéus escrotos sem ninguém zoar. Nos tempos de idade média/moderna, o papa tinha um estado próprio, tesouro próprio, exército próprio. Cara, imagina como seria irado se o papa tivesse um exército próprio hoje? Pensando bem, com todo o dinheiro que a igreja católica tem, eles poderiam comprar um estado africano falido e construirem um parque de diversões temático ou algo do gênero. Olha a Guiné Equatorial dando bola aí.
Falando em estado africano falido, é hilário como sempre que explode uma guerra no mundo, lá vem o papa fazer uma declaração pela paz e os direitos humanos. Imagino que ele tenha um software com um gerador de lero lero para gerar os seus discursos, por que é sempre a mesma falsa preocupação e os mesmos clichês desinteressados.
O papa cheira a formol, e não é por que ele andou mexendo com cadaver de judeu durante a segunda guerra, se bem que é uma explicação plausível. O melhor lugar para o Papa hoje deveria ser no museu da Quinta da Boa Vista,bem do lado da jaguatirica empalhada. Ele não sabe realmente usufruir do poder.
Se fosse eu, transformava a água do Nilo em sangue só de sacanagem


O papa mostrando que ainda é o chefão da casa